O passado que ficou e a dor que está presente.

E tem horas que ela quer sair correndo, fugir, sumir. Ela  não consegue fazer o tempo ir embora e levar com ele toda a dor que está presa no peito como uma agulha que foi costurando com linhas de amargura toda a tristeza. A incerteza ocupa o maior espaço em seus pensamentos e nada do que ela faça a faz esquecer tudo o que passou, que ainda está no presente. E assim ela vai seguindo a vida, secando as lágrimas sem fim e tentando varrer o caminho que a leva de volta ao passado, que foi feliz, mas conturbado do começo ao fim... Se é que pode ser mesmo um fim.

Luciana de Mira

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